sequestro ou a visão do bando nascido

Depois de descer a escada imaginária da possibilidade ardorosa de uma fuga pelo lado de fora do janelão, fui recebida por um homem branco, de arma e lenço q talvez se chame quif, fui vendada e subi degrau por degrau a escada, que me levou até o camarim. Lá, ele deixou que vestisse meu longo vestido de noiva , não o de quarenta e três, nem o de dois mil e oito , o tapume. Tudo foi regido com muita educação, mas me dando sempre a noção de que ali , não passava de refém.
Depois de pronta fui ao encontro da outra , Evair, Evanir, não sei, não lembro...
Fiquei sentada, no canto da escada, olhando a pista , a imaginação realizada de meus divos vivos !Ensaiando. DAMIAN E DOUM.
De sentinela , nas alturas, Rato cogata, a quem Bin chama :-DE MENOR,
chama no sussurro, no sibilo, no gesto de mil gestos, alguns q dão tesão.
Quando Marcelo-Damian pede pra ficar a sós com Doum- Ricardo, chamo cogata usando o termo de BIN, e descubro que de rato, esse ninfo nada tem, é gato , gatocogata, assim o batizo.
ele é o mais lindo dos bandidos.
As vezes passava por nós um verdadeiro rato, de malha cinza , ele , é o mais estranho dos bandidos. Alemão, que se diz Caralhão.
Fiquei tão intrigada com esse corpo que quiz ver de perto, e pedi a gato cogata uma entrevista.
Me arrependi na hora da conquista.Tamanha escrotidão.
BIN tem mesmo os traços , os toques o tato de um príncipe. Pois percebe, repulsa e expulsa Alemão, sem levantar um dedo da mão.Essa mão se curva maliciosa pra me oferecer haxixe, mas quero outra droga , outra graça, assim espero a hora.
A fome bate, e consigo que um traficante de armas de livre acesso entre a pista e o cativeiro - camarim, busque minha refeição. Antes de sair , ainda chocado com a morte de Diadorim ele diz:
_Vc esta na mão de gente muito perigosa!
E BIN responde:
-Esse, é desse tipo de Playboy q sobe o morro e se perde!

Peço pra que Dra. Havair me deixe escovar os dentes, afinal ela é doutora.(sei lá de que)Aqui é preciso pedir a coisa certa pra pessoa certa , na hora certa. Ela consente com a a arma e a cabeça.

Tudo absolutamente regido por um Teato. Limite da brincadeira e da profunda vivência.
Estava ali, no cativeiro, ouvindo tudo, estudando o texto, com direito a café, quando ouvi a fala que de todas belas falas é pra mim Ariadne-brazilha-Sylvia a maior direção:

"Tenha a Coragem de ser tão feliz, quanto for grande, tua generosidade!"
ISSO ME ARDE!

Outra coisa q repito pros ventos:
Dizer o texto passado por si, pelo sangue, pulso, pulmão de estar na situação. Básico, mas sempre esquecido, na tensão de ser dirigido.

Quando vi que a concentração, ação contínua criada pela magia dos bandidos, seria cortada pela falação necessária dos figurinos, pedi pra Bin me mudar de cativeiro.
Ele entendeu, apagou o cigarro (que no caso dos bandidos é uma acão q não deve ser banida, pois cria), me vendou e me conduziu.

o segundo capitulo digito amanhã, vou bater texto com Damiãn!