Mensagem de Natal para o(re) nascimento do Oficina
Meus amores,
Eu não cristão, mas não posso deixar de lamentar que a figura de Jesus, no natal, fosse substituída pela de Papai Noel. Como confiar numa figura que nasceu velha?
Quando criança acreditava em Papai Noel. Depois, cresci e não acreditei mais. Hoje, sei que existe e mora em Wall Street, além de ser o conselheiro principal da Fiesp e afins.
Quando criança acreditava em Jesus. Depois cresci e virei ateu. Hoje, sei que existe e morre todo dia, porque pode (re) nascer na utopia de que a memória humana não esquecerá que é humana.
Jesus é Garrincha. Papai Noel, a copa do mundo.
Garrincha, esse jesus-exu-moleque que vadiou pelos campos, hoje só entra no estádio se puder comprar ingressos que sobraram das mãos dos cambistas.
Fosse eu dono do mundo enchia todo o mundo de presentes. Pra mim, dar presentes é um ato egoísta. É um gozo pessoal inominável poder doar-me (sem pedir troca), àqueles que são a razão do meu afeto e ver-lhes a cara bonita.
Mais que trocar presentes, estamos numa época de dizer presente: eu estou aqui porque todos estamos aqui, e precisamos de nós, juntos.
2 comentários:
Mensagem de Natal para o(re) nascimento do Oficina
Meus amores,
Eu não cristão, mas não posso deixar de lamentar que a figura de Jesus, no natal, fosse substituída pela de Papai Noel. Como confiar numa figura que nasceu velha?
Quando criança acreditava em Papai Noel. Depois, cresci e não acreditei mais. Hoje, sei que existe e mora em Wall Street, além de ser o conselheiro principal da Fiesp e afins.
Quando criança acreditava em Jesus. Depois cresci e virei ateu. Hoje, sei que existe e morre todo dia, porque pode (re) nascer na utopia de que a memória humana não esquecerá que é humana.
Jesus é Garrincha. Papai Noel, a copa do mundo.
Garrincha, esse jesus-exu-moleque que vadiou pelos campos, hoje só entra no estádio se puder comprar ingressos que sobraram das mãos dos cambistas.
Fosse eu dono do mundo enchia todo o mundo de presentes. Pra mim, dar presentes é um ato egoísta. É um gozo pessoal inominável poder doar-me (sem pedir troca), àqueles que são a razão do meu afeto e ver-lhes a cara bonita.
Mais que trocar presentes, estamos numa época de dizer presente: eu estou aqui porque todos estamos aqui, e precisamos de nós, juntos.
Amamos vocês.
Evoé,
Dalmo e Marilisa.
Dalmo e Marilisa!
Quando eu crescer quero ser ateu como tu!
Beijo!
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