quarta-feira, 17 de setembro de 2008

2º ENSAIO

Corremos tudo.
Começamos 21h40min+- e quando olhei no relógio,
um pouco depois de acabar, eram 3h20.
Nosso intervalo foi muito grande.
Começo escrevendo sobre a duração,
apeasar de não ser esse nosso foco nessa montagem.
Ainda bem.
Em algumas épocas de Sertões, isso era tão importante,
que parecia mais atletismo do que teatro.
E claro que olimpíadas tem sua "interessância".
Mas o importante é que corremos tudo, quase sem interrupções.
Muitas coisas prometidas ainda não aconteceram,
como todo o isolamento acústico,
que ontem parecia ser impossível ensaiar sem resolver isso,
mas nossos ouvidos de cachorros começaram a atuar pra superar o problema.
O que não faz com que desapareça a necessidade desse isolamento!!!
Nesses últimos dias
muitos de nós passaram mal,
vomitaram e tiveram caminheiras
(caganeiras – no dizer jagunço):
eu, Lucas, Juliane, Zé Pi, Aury, Márcio…
Perdemos uns quilos…
Apesar de não ter sido tudo resolvido,
algumas coisas aconteceram no cenário, luz, etc…
Os camarins mudaram de lugar.
Agora não são mais numa sala isolada, são atrás das arquibancadas,
com todas as trocas disponíveis pro público mais atento.
Isso é bom.
Faz com que a gente se discipline mais na atuação constante,
essa minha obssessão…
Público fique ligado e não deixe a gente se desconcentrar em coxias que não existem.
Podem acreditar que a atuação acontecerá por todo espaço dessa Usina.
Na primeira cena dos Bandidos deu pra sacar,
apeasar do espaço vazio,
a proximidade com o público.
E isso revelou o que Zé disse alguns ensaios atrás:
70% da peça é pra ser comunicada diretamente.
Deu uma excitação perceber isso.
Venham gaúchos!
Joguem com a gente.
Se façam presentes, exigentes e generosos!
Temos muita coisas pra descobrir daqui 14h e meia.
Agora é hora de descansar.
Recuperar energias.
Ardor!

2 comentários:

noah disse...

Camila, pessoal...

Estive na estréia desta quarta e preciso contar aqui pra vocês que foi lindo demaaais! Me diverti muito e em alguns momentos confesso que fui arrebatado. Se vocês estão nesse estado de bacobilônia e tão bem afinados logo na estréia, não sei onde Os Bandidos chegará, mas aposto alto nessa temporada do Oficina. MERDA, OURO, ARDOR, TUDO!

O som da Usina é complicado mesmo, mas quem como eu estava ardendo com o espetáculo certo que não deu a mínima pros eventuais problemas de som. Que ocorreram mas que no geral nem foram tantos e não comprometeram a apresentação.

Os gauchos são contidos né, sempre fico com a impressão de que precisa provocar ainda mais o pessoal daqui, pra ver se mostram que seguem respirando normalmente.

Quanto aos camarins meio abertos, na edição passada do festival isso era usado como recurso na encenação do Les Éphémères do Théâtre du Soleil. O que foi muito legal e me veio ontem à memória vendo uma situação parecida. No caso dos franceses era parte da coisa. Como espectador já adianto que achei ótimo como a coisa toda estava montada e o camarim não me atrapalhou a atenção na cena.

Agora é quinta-feira, 23:52, ou seja, enquanto escrevo esse comentário vocês estão lá, no transe da segunda apresentação. Meu coração bate com vocês agora, juro!

E quer saber, acho que vou ver outra vez nessa sexta, amanhã! Porra, decidido! ARDOR!

Marcelo Noah

trói disse...

nina. diadorim. saudades sem fim. merda. outro. troi

 
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