segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Verbetes

Johann Friedrich von Schiller
dramaturgo, poeta, historiador, filósofo
Nasceu em Marbach, em 10 de novembro de 1759, à beira do rio Neckar, no sudoeste da Alemanha.
Irmão único, ao lado de seis irmãs, levou o nome do rei da Prússia que seu pai combatia na Guerra dos Sete Anos, quando ele nasceu, mas era chamado de Fritz. Sua mãe o queria pastor, e seu mestre na infância foi o pastor Moser, nome de uma das personagens dos Bandidos, Captain Pastor na montagem do Oficina.
Entrou para a escola militar e lá escreveu "Os Bandidos", com 22 anos, sua primeira peça, que estreou em 13 de janeiro de 1782, fez enorme sucesso e é até hoje obra adorada pela juventude alemã por sua crítica às hipocrisias de classe e religião.
Em 1787 Schiller mudou-se para Weimar, aonde foi professor, e voltou com força à dramaturgia apenas doze anos depois, em 1799. Desse ano até sua morte, em 1805, escreveu seis peças, dentre elas "Wallenstein", "Maria Stuart" e "Guilherme Tell", peça nacional na Suíça e Alemanha.
Adorador da Beleza, acreditava em seu poder de transformação ao tocar a alma humana, e sua filosofia, compartilhada com Kant, seu contemporâneo, definia-se como a "direção do livre jogo da beleza artística", o gosto pelo belo desinteressado e livre.
Sobre seu poema "Ode à Alegria" Beethoven compôs o quarto e último movimento de sua "Nona Sinfonia" e "I Masnadieri" é uma ópera de Verdi inspirada em "Os Bandidos" que tem uma de suas árias cantada na versão do Oficina, no Palco do Teatro Italiano - hemisfério norte, contraposto à Pista do Oficina - hemisfério sul.
Schiller morreu em 9 de maio de 1805. A autópsia revelou: O pulmão estava gangrenoso, pastoso, completamente desmanchado; o coração carecia de substância muscular; a vesícula biliar e o baço eram desmesuradamente grandes; os rins estavam dissolvidos em seu tecido específico e se apresentavam completamente entupidos.
O médico de cabeceira do Duque de Weimar, analisando o resultado da autópsia disse ser admirável que um pobre homem pôde seguir vivendo nessas circunstâncias.
Schiller afirmou que o espírito constrói o corpo. Seu entusiasmo criador o manteve com vida além do limite de degeneração do corpo. Só por seu espírito infinito pode explicar-se que pôde viver tanto tempo. Com o resultado da autopsia podemos formular uma primeira definição do idealismo de Schiller: o idealismo atua quando alguém, animado pela força do entusiasmo, segue vivendo, apesar do corpo não permitir. O idealismo é o triunfo de uma vontade iluminada e clara. Para Schiller a vontade era o órgão da liberdade. Na sua função de poeta, ele gostava de situar-se numa altiplanura, onde o poder da palavra responde em igualdade de condições à palavra do poder.
Em maio de 2008 exame de dna revelou que a caveira de Schiller foi trocada, na câmara dos Duques de Weimar, por outra desconhecida.

Sturm und Drang, tormenta e ardor, ou Strume und Mangue na versão do Oficina, foi o movimento estético na música e na literatura alemãs e do globo de valorização da subjetividade, emoção (sentimento e ação) e auto-consciência ao invés da consciência exterior, ilustrada, do período Iluminista. O movimento precedeu o Romantismo, e "Os Bandidos" é considerada peça-chave do Sturm und Drang por suas personagens em ação impetuosa durante toda a trama, motivados por suas paixões. A influência dessa tempestade na música criou os acompanhamentos orquestrais para as personagens nas óperas, transformando a fala em canto, como nas tragédias gregas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vaca e boi
O que foi
Foi e não foi.
Um dois feijão com arroz
Foi tu quem lá pos.
Foi que eu sei
Me modernei e secei no fogo da liturgia um mingal de pau-brasil.
Viu?

 
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